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Dia do Voluntariado: conheça a família carazinhense que lidera a Seja Luz Iniciativas

Lucas, Gilberto, Gabriela, Alan e a pequena Elisa (Foto Divulgação/Arquivo Pessoal)

 

Voluntário: aquele que se compromete com um trabalho, ou assume a responsabilidade de uma tarefa, sem ter a obrigação de o fazer. O dia 28 de agosto é dedicado a estas pessoas que doam tempo ou habilidade para ajudar os outros sem esperar nada em troca. Em Carazinho não faltam exemplos de pessoas, entidades e organizações dedicadas a uma causa. A Seja Luz Iniciativas é uma delas e ela nasceu da vontade de ajudar de uma família da cidade.

 

Os irmãos Gabriela e Lucas Citolin sempre viram os pais, Gilberto e Sandra, dedicarem-se às causas sociais. Este incentivo também ocorria no trabalho e fundar uma organização com fins sociais foi algo bastante natural. O mesmo acontecia com Alan Barriquel, esposo de Gabriela, outro membro da Seja Luz. A pequena Elisa, de 2 anos e 2 meses, já dá sinais de que seguirá os passos da família, pois gosta de estar neste meio.

 

A Seja Luz nasceu em 2019, pouco antes da pandemia. Dedica-se à iniciativas conhecidas como ESG (Environmental, Social and Governance), que em português significam práticas direcionadas à sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa. “Percebemos que havia muita demanda, assim como muitas pessoas que gostariam de ajudar e não sabiam como. Fazer esta ponte é o nosso objetivo: que quem quer ser luz chegue a quem precisa dela”, revela Gabriela.

 

Um dos símbolos do trabalho é a Kombi azul. É com ela que os voluntários vão às comunidades com os donativos para doação. E eles são de vários tipos alimentos, roupas, brinquedos. “Nosso projeto é itinerante. Não temos uma sede própria, então ela acaba fazendo este papel. Recolhemos as doações com a kombi e as levamos às comunidades que precisam”, conta ela.

 

No início, Gabriela e família iam até as comunidades conhecer as realidades e as necessidades das pessoas e a partir daí elaboravam as campanhas. Este trabalho foi criando vínculos entre as pessoas. “Fizemos amizades com as lideranças e elas são nosso elo com as famílias. Montamos uma campanha e comunicados aos líderes, pois eles conhecem quem mais precisa”, aponta.

 

 

O boom foi na pandemia. “Vimos que tinha muita demanda, assim como de pessoas que queriam ajudar. Talvez a pandemia veio para isso, para mostrar que precisamos nos colocar no lugar do próximo e ajudar”, reitera, revelando que atualmente são cerca de 150 voluntários envolvidos nas campanha da Seja Luz. “Alguns só doam, não participam da doação em si, outros se identificam mais quando é com crianças, mas o legal mesmo é doar e saber para onde está indo”, comenta.

 

Para Gabriela, os voluntários aprendem muito durante as ações. “As pessoas têm muito a nos ensinar. As crianças, então... Elas são muito honestas nos sentimentos e é gratificante receber o carinho delas e os voluntários retribuem e querem participar sempre”, salienta.

 

Como não possuem sede, e a ideia nem é estocar doações, mas destinar assim que elas chegam, a Seja Luz costuma trabalhar com um calendário. Por exemplo, no início do ano, as campanhas são para conseguir material escolar, pela proximidade com a volta às aulas. Em seguida já tem Páscoa, depois agasalhos e alimentos para o inverno, geralmente até agosto. Mês da criança também tem foco e por fim, o Natal. “Estas são as principais ações, mas ao longo do ano surgem outras, em parceria com empresas. Algumas são bem atuantes no segmento e entendem a importância de disseminar a solidariedade entre seus colaboradores”, relata.

 

Gabriela destaca ainda que, embora os voluntários encontrem realidades duras durante as ações, pelas dificuldades materiais de muitas famílias, a reciprocidade com a qual são recebidos se sobressai. “As pessoas ficam encantadas, felizes quando alguém se propõe a ajudar, ao invés de se retrair, por causa da condição social. É isso que buscamos no Seja Luz. Não queremos impactar negativamente, mas o oposto. Ver que é possível fazer a diferença, ser luz na vida de alguém. Às vezes vem mais de lá (das comunidades vulneráveis) do que de cá”, coloca.

Data: 28/08/2023 - 08:30

Fonte: Mara Steffens

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