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Diouba Iara Diouf é a primeira carazinhense filha de senegaleses

Foto Mara Steffens/O Correspondente

 

O Brasil é refugio de de pessoas de várias partes do mundo que deixam seus países de origem por vários motivos, especialmente em busca de melhores condições de vida. A imigração não é algo novo e dezenas de povos já se estabeleceram em nossa terra.

Na região a presença de senegaleses é bastante comum. Vários deles escolheram Carazinho para se estabelecer e buscar o sustento e o de suas famílias, que seguem na África. Mbous Diouf (40) chegou há dois anos, depois de ter passado por outras partes do Brasil, como Goiás, São Paulo, Paraná. Com os ganhos obtidos como costureiro, mandava recursos para a esposa e outros familiares que seguiam no Senegal.

A saudade foi determinante para que, há dez meses, ele trouxesse Fatou Seck (26) e no dia 13 de janeiro a família ganhou uma nova integrante. Diouba Iara Diouf nasceu no Hospital de Caridade de Carazinho e se tornou a primeira carazinhense filha de senegaleses. "Estamos muito felizes por ela ser brasileira", garante o pai, que consegue se comunicar muito bem em português. A mãe, apesar do pouco tempo no Brasil, já compreende bastante nossa língua e arrisca algumas frases. Para se comunicar entre si, eles usam o wolof, a língua materna.

Mbous e Fatou estão juntos há 10 anos. Já casado, ele veio ao Brasil para buscar trabalho. Voltava para casa nas férias, mas se sentia triste tendo de deixar a esposa. "Amo muito ela. Estamos casados há muito tempo e longe. Então decidi trazê-la para o Brasil. Eu gostei muito de Carazinho. Acho bastante tranquilo. Vim a convite de amigos que já estavam aqui", conta o senegalês, que é oriundo de uma família de costureiro. Aprendeu o ofício muito jovem.

As redes sociais e os aplicativos de mensagem são os meios de comunicação do casal com os familiares do Senegal. "Agora é muito fácil. Conversamos todos os dias", menciona, enaltecendo as oportunidades que encontrou aqui.

Mbous garante que a esposa também gostou de Carazinho. Tem vendido panos de prato na Avenida Flores da Cunha, na quadra entre a Rua Pedro Vargas e a Alexandre da Motta. Agora está dedicada aos cuidados com a filha, mas pensa em retornar a atividade em breve. "Queremos que nossa filha tenha oportunidade de estudar, ir à creche, depois a escola", salienta ele, que assim como esposa tem visto para permanecer no Brasil. 

Data: 09/02/2023 - 11:17

Fonte: Mara Steffens

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