POLÍTICA
Participação da mulher na política é tema de painel em Carazinho
Fotos Mara Steffens/O Correspondente
Foi realizado na noite desta terça-feira (23), na Câmara de Vereadores de Carazinho, o Painel "Mães e Mulheres na Política e na Sociedade", organizado pelo MDB Mulher. O objetivo era debater a importância da participação delas em todos os âmbitos da sociedade, especialmente na política. A organização convidou quatro mulheres carazinhenses que já colocaram o nome a disposição para concorrer a cargos eletivos em pleitos passados: a professora Mônica Oliveira, a psicóloga e vice-prefeita Valéska Walber, a assistente social Kátia Alberti e a servidora pública Silvana Xavier.
"Acho importante falarmos sobre isso, porque a boa política tem q capacidade da mudança que queremos no mundo. Somos nós, muheres, as que gestam, que trazem ao mundo, que educam, que temos a obrigação de desacomodarmos um pouco para fazer com que a boa política, engajada com a sociedade, nãpo somente partidária, aconteça", destacou Silvana, que é coordenadora da Biblioteca Pública Dr Guilherme Schultz Filho. Ela recorda que aos 8 anos já militava no PDT e depois ingressos no MDB, concorrendo a vereadora na eleição passada. "Acho importante colocar o nome a disposição. Acho importante esta conversa (o painel), que apesar de ser promovido por um partido é apartidária. Fala das nossas famílias, das nossas necessidades. Quando falamos de política, falamos do futuro que queremos e trazer nossa participação é muito salutar.
Valéska destacou a importância da mobilização a fim de motivar a participação feminina mais efetiva na sociedade. "Nós votamos há apenas 100 anos e somos a maioria de votantes, somos 51% da população, temos o maior grau de formação e representamos apenas 12% dos políticos no cenário nacional. Este cenário precisa se modificar e é congregando as mulheres, trabalhando esta temática, mostrando a importância do protagonismo da mulher na política, o quanto podemos fazer a diferença", mencionou.
Antes da atual gestão, Valeska nem cogitava se engajar com política, mas a possibilidade de inspirar outras mulheres foi determinante para que ela aceitasse o convite. "Se não formos quem vai? Precismos sim, participar e autorizar, de alguma forma, tantas outras mulheres a se integrarem neste ambiente que ainda é machista e desafiador. Quanto mais mulheres, melhor este ambiente fica e conseguiremos uma política mais igualitária. Não existe igualdade sem representatividade", constatou.
"Eu acredito que temos que ocupar os espaços todos os dias, não somente na política, mas como um todo, enquanto cidadã. Concordo que minha trajetória enquanto mulher, negra, serve de exemplo para outras pessoas. Nada é impossível. O sonho da gente pode ser conquistado e que os espaços devem ser ocupados por nós, nao somente pelos 30% que a lei prevê, mas o espaço que nós merecemos", salientou, kátia. Por outro lado, ela acredita que ainda é preciso evoluir muito, pois ainda se pensa em cumprir a cota exigida, ao invés de abrir de fato espaços para elas. "Ainda não é porque se acredita que podemos.Vejo que ao passar dos anos, se está cosneguindo fazer notar que as mulheres sabem fazer política. Somos nós que damos a luz, que criamos os homens! Se eles são bons na política, nós também somos", colocou.