CULTURA

Começa mobilização para os festejos farroupilhas 2024

Foto Arquivo/O Correspondente

Os gaúchos se envolvem em amplas programações para reverenciar a cultura do Rio Grande do Sul no mês de setembro, mas os preparativos iniciam meses antes. Um reunião recente entre patrões de entidades tradicionalistas da 7ª Região Tradicionalista, em Nova Alvorada, definiu os primeiros passos da participação da região no acendimento e distribuição da Chama Crioula. 

O símbolo será acesso este ano em Alegrete. O patrono da Chama Crioula é o músico Pedro Ortaça. De acordo com o coordenador do Conselho Municipal de Tradições Gaúchas - CMTG, GIlberto Roos da SIlva, como de costume, caberá aos Cavaleiros do Planalto Médio buscar o símbolo para a 7ª RT. Eles devem partir do Alegrete no dia 17 de agosto, rumando a Passo Fundo. 

No dia 1º de setembro, no Parque da Roselândia, onde a Chama Crioula ficará assim que chegar da cavalgada, os tradicionalistas poderão retirar uma centelha. Nos próximos dias, de acordo com Roos, serão definidos mais detalhes da logística. 

Sobre o Patrono

Pedro Marques Ortaça nasceu em 29 de junho de 1942, em São Luiz Gonzaga, um dos Sete Povos das Missões. É cantor, compositor e violonista de música nativista. Foi eleito personalidade do século na cidade natal e é conhecido como um dos Quatro Troncos Missioneiros, junto com Jayme Caetano Braun, Noel Guarani e Cenair Maicá.

Em 2006, foi agraciado com o Prêmio Vitor Mateus Teixeira, na Assembleia Legislativa. Em 2009 lançou o DVD “Pedro Ortaça”, gravado em São Miguel das Missões, São Borja, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo. É Mestre das Culturas Populares Brasileiras – Prêmio Humberto Maracanã, do Ministério da Cultura e tem mais de 120 músicas de sua autoria, consagrando-se como um dos principais baluartes da cultura gaúcha.

Homenagem a Jayme Caetano Braun

O tema dos Festejos Farroupilhas de 2024 é o “Centenário de Jayme Caetano Braun”. A Secretaria da Cultura do Estado, reconhecendo a relevância cultural e intelectual do artista, propôs a homenagem, oficializada pelo decreto estadual 57.354/223.

Durante a carreira, o artista compôs diversas payadas, poemas e canções, sempre destacando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos, saberes e práticas do sul gaúcho e do gaúcho sul-rio-grandense, bem como a natureza peculiar da região missioneira do Estado. Trata-se de um artista de suma relevância, cujo legado contribui para o fortalecimento e promoção da cultura e das tradições gaúchas.