POLÍTICA

Vinte anos da morte de Leonel Brizola são lembrados por pedetistas em Carazinho

No dia 1º de maio de 2011 a Praça Albino Hillbrand em Carazinho passou a ostentar um busto em homenagem a um dos líderes políticos mais conhecidos no Brasil, até hoje lembrado e que nasceu em Carazinho. Era uma homenagem dos conterrâneos a Leonel de Moura Brizola.

Nesta sexta-feira (21) data que marca os 20 anos da morte do político, correligionários do Partido Democrático Trabahista - PDT, partido que Brizola ajudou a criar, estiveram no local lembrando do líder. Junto ao monumento, deixaram rosas vermelhas e recordaram de passagens importantes da vida e da atuação dele, especialmente no campo da educação. 

O presidente da sigla em Carazinho, Robson Schallenberg, o Puf, lembrou de como recebeu a notícia da morte do político. Na época, Puf liderava a Juventude do PDT. "Me lembro muito bem. Eu estava numa sessão da Câmara e um companheiro nosso me avisou. A vida inteira ouvi meu pai (falando dele) e acabei entrando no PDT, estou até hoje, pelas bandeiras e ideias pelas quais ele lutava. Ele trazia um humanismo, um nacionalismo. Hoje está fazendo 20 anos que ele partiu e coisas que ele dizia no passado, parece que está falando da situação atual", comentou. 

Lembrou também que Brizola deixou Carazinho para estudar em Porto Alegre, que durante a viagem não desceu do ônibus porque não tinha como fazer uma refeição. "E depois sempre incentivava a escola em tempo integral, para que as crianças pudessem ter refeições na escola. Este espírito é que temos que levar sempre, para tentar um futuro melhor para nossos filhos", salientou. 

Bruno Berté, que é vereador pelo PDT, também pontuou o fato de que Brizola deixou Carazinho em busca de educação e que é preciso garantir que as gerações mais jovens não precisem deicar a cidade em busca de seus objetivos. "Que possamos mostrar aos nossos filhos que é bom ficar em Carazinho porque é uma cidade melhor. Que possamos repassar este exemplo que Brizola nos deixou", salientou. 

Brizola nasceu em Cruzinha, interior de Carazinho que na época era distrito de Passo Fundo, em 1922. No Rio Grande do Sul, foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual, deputado federal e governador. No Rio de Janeiro foi deputado federal e duas vezes governador. Disputou a Presidência em duas ocasiões e se candidatou a vice-presidente uma vez.

O episódio que o levou aos livros de história foi a Campanha da Legalidade, em 1961, para garantir que João Goulart, então vice-presidente da República, pudesse assumir o Governo após a renúncia de Jânio Quadros. Os chefes das Forças Armadas tentaram vetar a posse, por considerar Jango "excessivamente de esquerda". Na época, Brizola era governador do Rio Grande do Sul. 

Brizola faleceu vítima de enfarte aos 82 anos, no Rio de Janeiro.