POLÍTICA

POSSÍVEL ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES: O que pensam partidos com representatividade na Câmara de Carazinho?

Foto Divulgação/TSE

 

Os danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul ainda estão sendo comtabilizados e os prejuízos podem interferir também nas eleições municipais agendadas para 6 de outubro. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul avalia esta possibilidade, embora esta decisão deva passar pelo Congresso, já que requer aprovação de uma Emenda Constitucional. No Estado hpa cerca de 27 mil urnas e cerca de 15 mil estão guardadas em Porto Alegre, em um prédio que foi afetado pelas águas, sem falar nos cartórios eleitorais pelo interior que também foram afetados. 

 

Contatamos os presidentes de partidos com representação na Câmara de Vereadores de Carazinho para saber as opiniões em relação ao tema. Adriano Strack, do Podemos, concorda que a situação é delicada, mas concorda que o adiamento pode ser uma alternativa. "A situação que estamos passando é muito delicada. Pessoas estão sem casa, desabrigadas que perderam tudo! Realmente não tem como pensar em eleição agora. Minha opinião é que os governantes precisam focar 100% em reerguer todas as cidades e se precisar adiar, que se adie para próximo ano", declara. 

 

O presidente do MDB, Márcio Hopen, o Guarapa, aponta que o adiamento do pleito é plausíve. "Com tudo que vem acontecendo em nosso Estado, sinceramente, talvez seja a melhor alternativa. Neste momento precisamos ajudar, cuidar das pessoas para que consigam retomar suas vidas mesmo que com grande dificuldade. Acredito que a Justiça Eleitoral vai tomar a melhor decisão. Meu ponto de vista  é cuidar de vidas. Temos que acatar a decisão deles. Vamos aguardar e que o Estado se recupere o quanto antes", comenta. 

 

Giuiano Cecconello, presidente do Progressitas, também salienta que o foco do momento é a ajuda humanitária. "Estamos muito focados na ajuda aos atingidos pela enchente recorde do Estado, com vários grupos de arrecadação no partido, também juntos da administração municipal, destinando auxílio aos desabrigados. Acabamos por não discutir este assunto internamente, visto que nem temos tido reuniões. Acreditamos que a melhor decisão será tomada e esperamos que ela seja benéfica ao nosso Estado e municípios", diz. 

 

Felipe Sálvia, presidente do PSB, concorda com o adiamento do pleito. "Do ponto de vista humanístico, deve ser prorrogada a data, tendo em vista a gravidade da tragédia climática que assolou nosso Estado, óbvio que não é a situação da nossa cidade. Também somada a essa condição trágica, está o fato do eleitor que perdeu tudo, ser consultado nesse momento, entendo não existir clima para uma campanha diante essa catástrofe. Mas essa é nossa visão, visto que todo e qualquer desdobramento passa pelo crivo do TSE", pondera. 

 

O presidente do PSDB, Fábio Zanetti, acredita que as eleições estão em segundo plano neste momento delicado pelo qual o Rio Grande do Sul passa. "Na minha visão, não é hora de se discutir sobre as eleições. Acredito que prorrogar novamente prazos para fazer e transferir título de eleitor é importante, mas a data da eleição propriamente acredito que pode ser discutida mais adiante, pelo menos não agora, enquanto esta etapa da calamidade, com alagamentos que ainda vão perdurar por algumas semanas, tenha sido superada. Ainda é precoce para dimensionar os efeitos da tragédia, que podem ir muito além do que aparenta. Como os prazos mais importantes correm a partir de julho, ainda há um tempo para melhor análise quanto à data das eleições, e se eventual mudança deve atingir todo o Estado ou somente as cidades diretamente atingidas pelo desastre natural", opina. 

 

Robson Schallenberg, o Puff, presidente do PDT, é favorável. "Em primeiro lugar está a vida das pessoas, a recuperação do nosso Estado. Eleições pode ser adiada, para quando as pessoas estejam preparadas para isso. Sou a favor ao adiamento, para mais perto do fim do ano ou até mesmo para o ano que vem. Estamos perto do inverno, as chuvas não passam e vai demorar para que possamos voltar ao normal. Sabemos que as vidas são prioridade, as famílias precisam se reerguer. Tem pessoas que perderam tudo, até árentes. Não é fácil. A política emana do povo então temos que pensar primeiro nele. O Rio Grande do Sul não está preparado para as eleições", sintetiza. 

 

O Governador Eduardo Leite (PSDB) também já se manifestou favorável ao adiamento do pleito deste ano. Em várias entrevistas nas útimas semanas, o chefe do Executivo Gaúcho citou algunas razões para este posicionamento, entre eles de que a troca de gestão nas prefeituras pode atrapalhar o processo de recontração das cidades antigidas pela tragédia. 

 

Data: 20/05/2024 - 10:04

Fonte: Mara Steffens

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