AGRO

Chuvas recentes foram fundamentais para o desenvolvimento da soja

Foto Divulgação

 

As precipitações de chuvas dos últimos dias foram importantes para o desenvolvimento das culturas de verão, especialmente a soja que, em algumas áreas, ainda está na fase de enchimento de grãos. Na região, o volume registrado variou bastante, com áreas em que choveu 60mm e outras que ultrapassou 100mm. A partir de agora, a expectativa é para uma projeção quanto a produtividade que as lavouras poderão trazer para o produtor. 

 

No início da semana passada, quando a chuva ainda era aguardada pelos produtores, o engenheiro agrônomo da Sementes Roos, Luan Brenancini, conversou com O Correspondente sobre o panorama da soja. De acordo com ele, alguns produtores tiveram dificuldades de semear a oleaginosa por conta da alta umidade no solo, a partir de 20 de outubro, período considerado ideal para o plantio. Na época, choveu bastante e o produtor teve de aguardar para colher o trigo, cevada e aveia que ocupavam boa parte das lavouras que estavam planejadas para receber a soja. 

 

"O início foi mais complicado, pela questão das chuvas excessivas. Em alguns lugares ultrapassou 400mm de chuva. Algumas áreas foram semeadas antes disso e receberam toda essa água. Alguns produtores tiveram de semear com excesso de umidade. Esta chuva veio num momento crucial para a colheita do trigo e deixou grandes danos nesta cultura, levando consigo também parte da produtividade do milho. Na soja a dificuldade foi mais a semeadura", apontou Breancini. 

 

Diante deste cenário surgiu outra preocupação, a incidência de pragas, entre elas a ferrugem, que se beneficiam da umidade e da temperatura altas. "O produtor está tendo um gasto para fazer o manejo, talvez contabilize um pouco de perda por isso. As equipes técnicas estão atuando, orientando as melhores medidas, na tentativa de reduzir (o impacto) e o produtor tem feito dentro de suas possibilidades", salientou o engenheiro agrônomo, citando ainda que o preço poder ser outro fator que incidirá na rentabilidade da oleaginosa. "Seria um terceiro fator, junto com a chuva e a ferrugem. O cenário de preço não está animador, está baixando e a perspectiva não é para grandes melhorias nesta questão", colocou. 

Data: 20/02/2024 - 08:40

Fonte: Mara Steffens

COMPARTILHE