GERAL

Bairros Floresta e Sassi receberão novas ESFs em 2023

Foto Mara Steffens/O Correspondente

 

Entre as metas da secretaria da Saúde de Carazinho está a edificação de uma nova unidade de saúde para o bairro Floresta. A informação foi confirmada ao Correspondente, antes do Natal, pela secretária Anelise Almeida. Conforme ela, a construção seguirá o padrão do Ministério da Saúde e será idêntica a que foi realizada no bairro Medianeira e que foi elogiada pela comunidade. “Nos próximos dias estaremos verificando a área, que deve ser bem próxima de onde a ESF funciona atualmente. Em seguida devemos dar início ao processo de licitação”, destacou.

Sobre a unidade do bairro Sassi, cuja construção chegou a iniciar, Anelise informou que a conclusão também é aguardada para 2023, no entanto, é uma situação um pouco mais complexa, tendo que vista que teve de ter intervenção judicial. A EFS começou a ser construída por uma empresa que devia contrapartida ao Município e terá de ser retomada por outra.

Quanto à reforma da sede antiga da secretaria da Saúde, a secretária salientou que o prazo para término é o mês de abril. “Mas esperamos que a empresa consiga nos entregar antes disso. Precisamos que nosso laboratório volte a funcionar, que a vigilância epidemiológica possa estar próximo das vacinas. Aguardamos muito por isso. Também projetamos a reforma dos prédios dos fundos”, comentou.

Um dos desafios enfrentados pela Saúde carazinhense no ano que se finda foi a dengue. Nunca antes a cidade teve tantos casos. Foram 1.700 ao longo do ano. O início do surto coincidiu com a onda de contaminação da variante omicron da Covid-19 e os sintomas foram confundidos. Muitos pacientes que estavam com dengue foram inicialmente diagnosticados com Covid-19. “Agora estamos zerados, sem nenhum caso, por isso precisamos seguir com os cuidados, evitando a proliferação do mosquito transmissor. No momento em que chegar alguém à cidade com a doença e tiver a circulação do mosquito, o risco aumenta”, alertou a secretária. “Foi um ano bem ruim para nós relacionado a dengue. Sempre tínhamos entre 8 e 10 casos que eram facilmente contornados e em 2022 um número bastante expressivo. E o relato de vários pacientes é de que as dores provocadas pela dengue são bem piores das causadas pela Covid-19”, acrescentou.

 

Codiv-19

Na avaliação de Anelise, 2022 foi bastante desafiador porque não houve uma estabilidade no cenário que permitisse o andamento dos atendimentos de forma mais normal. Em alguns momentos pode-se avançar, em outros foi preciso recuar. Houve aumento nos preços de remédios, de insumos e falta de alguns considerados básicos, como soro fisiológico. Isto porque a indústria enfrentou dificuldades na produção. Até a guerra entre Rússia e Ucrânia influenciou e houve falta de alumínio para a fabricação dos blisters (usados para armazenar comprimidos).

O cenário também prejudicou o andamentos, em alguns momentos, das cirurgias eletivas, que necessitam de insumos e leitos disponíveis para serem realizadas. “Retomamos e paramos em vários momentos. Esperamos que no ano que vem seja diferente”, destacou Anelise.

Em relação aos casos, atualmente a média de novas contaminações gira em torno de 40 a 45 por dia, índice bem menor que no início do ano, quando a média chegava a 200 novos casos diários.

Anelise acredita não ser mais preciso voltar a adotar medidas drásticas como o uso indiscriminado de máscara, mas destaca que é importante que as pessoas que estão com Covid-19 ou desconfiam que estão doentes façam uso da proteção para evitar a contaminação de outras pessoas.

Os testes podem ser feitos nas unidades básicas de saúde, observando o tempo de apresentação de sintomas. Na UPA eles são realizados apenas durante o dia, até às 18h. Quanto aos leitos, assim como em outras cidades, o hospital não possui mais específicos para quem precisa. Quem interna ocupa leito comum, embora ele seja isolado dos demais pacientes.

Ainda conforme a secretária, há estudando indicando medicamentos específicos para tratamento da Covid-19 no âmbito ambulatorial, assim como existe o Tamiflu para H1N1. No entanto, a fase é experimental.

 

Pouca procura pela vacina

Os carazinhenses estão um pouco resistentes para procurar as doses de reforço contra Covid-19. Anelise destaca que muitas das pessoas que estão se contaminando com o vírus e têm apresentado sintomas um pouco mais intensos estão com esquema vacinal incompleto.

Os adultos precisam estar com quatro doses e as crianças, com duas, a exceção dos bebês que tiveram doses liberadas há pouco e estão sendo vacinados sob agendamento. Com 62.265 habitantes, Carazinho conta neste momento com mais de 50% da população com esquema vacinal incompleto. Para se ter uma ideia, 53.244 adultos foram vacinados com a primeira dose, quando a vacina chegou à cidade. A quarta dose, que seria a mais recente, foi aplicada em 15.315. Os dados foram consultados na tarde desta segunda-feira (26), na plataforma da Secretaria Estadual de Saúde.

 

Concurso para agente de saúde e endemias

Abrem nesta terça-feira (27), as inscrições para o concurso para agente comunitário de saúde e agente de endemias. Para o primeiro cargo, o certame é para cadastro reserva e para endemias são 13 vagas de contratação imediata. O salário para das duas funções é de R$ 2.240 além de vale alimentação de R$ 750. O edital com todas as informações está no site da prefeitura, na aba editais.

Data: 26/12/2022 - 18:06

Fonte: Mara Steffens

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