GERAL

Esperança Azul reitera necessidade de investimentos no atendimento para pessoas com TEA

Fotos Mara Steffens/O Correspondente

 

A luta das mães de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista - TEA ganhou mais um capítulo durante a sessão legislativa de ontem (18). Sônia Gomes, uma das lideranças do Grupo Esperança Azul, usou a tribuna livre para novamente se manifestar em relação a necessidade latente de melhorias no atendimento das pessoas com TEA, com acesso a terapias e tratamento cruciais para a qualidade de vida delas. 

 

Mãe de quatro filhos, sendo dois deles diagnosticados com TEA, Sônia pediu a reflexão da comunidade. "Uma criança dita normal, típica, que sabe se comunicar, leva um ano para ler e escrever, frequentando a escola cinco vezes na semana, quatro horas por dia. O que uma criança com nível 3 de autismo vai evoluir tendo meia hora de fono uma vez por semana (citando o exemplo de um dos filhos)?", questionou. 

 

Ela agradeceu os vereadores Janete Ross de Oliveira, Daniel Weber e Fábio Zanetti, que são os que ela mais tem contato e estão mais envolvidos com a causa. "Espero poder voltar aqui e falar mais nomes", frisou.

 

Agradeceu Tenente Costa que estava na plateia e teria sido o responsável pela aproximação do grupo com o prefeito Milton Schmitz, algo que o Esperança Azul pleiteava há algum tempo. "A princípio, em janeiro deveremos ter mudanças, com o aumento dos profissionais do CAPSI, mas ainda assim não dará conta da demanda que está cada vez maior", salientou ela, revelando outra preocupação, a saúde das mães que cuidam dos filhos com TEA. "Estamos cansadas. Tem mais do nosos grupo falando em suicídio! São coisas que tentamos ajudar, mas ainda é pouco. Por mais que está tento esforço ainda é pouco. Tempo, para estas crianças, é ouro! O que será delas o dia que a gente morrer?", alertou. 

 

Sônia Gomes (Foto Mara Steffens/O Correspondente)

 

"Por favor! Olhe por estas crianças, pensem no futuro delas! Esperamos que realmente em janeiro esta melhora aconteça e ainda assim, o que é mais viável para Carazinho é um centro municipal para crianças e adolescentes com autismo", sugeriu Sônia. 

 

Alguns vereadores se manifestaram na sequência, reconhecendo a luta das mães de pessoas com TEA e a necessidade de avanços neste segmento em Carazinho. João Hartmann (MDB), menciou  que mesmo o centro municipal nao daria conta de toda demanda, e sugeriu a possibilidade de terceirizar alguns atendimentos a fim de ampliar a oferta. 

 

Janete Ross de Oliveira informou que fez pedido formal ao deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos), quando esteve com ele na semana passada, na ACIC, solicitando recursos para investir no segmentos e obteve resposta positiva do parlamentar. Ela, inclusive, fez questão de registrar com as mães do Esperança Azul a entrega de um documento que formaliza o pedido a Nogueira (primeira foto). 

Data: 19/12/2023 - 12:03

Fonte: Mara Steffens

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