GERAL

Com homologação federal do decreto de emergência, Carazinho buscará recursos do Avançar RS

Lavouras terão produtividade bem menor que o esperado (Foto Mara Steffens/O Correspondente)

Foi publicado no Diário Oficial da União de ontem (20) a homologação nacional do decreto de emergência de Carazinho e mais quatro cidades gaúchas. A partir de agora, o município poderá acessar recursos para amenizar os efeitos da estiagem. Conforme o coordenador da Defesa Civil local, César Salles, a ideia é buscar aporte através do Programa Avançar RS, iniciativa do Governo do Estado que investe em várias áreas. Para projetos que diminuam os impactos da seca, o Estado reservou R$ 336 milhões.

O levantamento da Emater em Carazinho apontou prejuízos de quase R$ 200 milhões, com a cultura da soja sendo a mais prejudicada. O estudo apresentado há um mês para o Executivo Municipal mostrava que quase R$ 163 milhões perdidos em 39,8 mil hectares. A expectativa era que a safra renderia 3,7 mil Kg, mas a produção não deve passar de 2,2 mil Kg.

No milhão grão, o prejuízo estimado era de quase R$ 25 milhões nos 3 mil hectares cultivados. A produção esperada era de 10 mil Kg, mas não deve ser maior que 4 mil Kg. No caso do milho silagem, o prejuízo superava R$ 6,5 milhões.

Ainda conforme a Emater, cerca de 65 famílias se dedicam a bovinocultura de leite e as perdas são estimadas em R$ 1,6 milhão. A estimativa é de queda dos habituais 1.4 milhões de litros para 700 mil.

Apelo direto ao Governador

Quando da visita do Governador Eduardo Leite a Carazinho, no começo do mês, o presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, aproveitou para mostrar ao chefe do Executivo estadual a situação de uma lavoura às margens da RS 330, em Cruzinha, onde Leite vistoriava as obras de asfaltamento da estrada.

A área estava até visualmente viçosa, mas o governador constatou in loco que as plantas que deveriam ter pelo menos 50 vagens, estavam, em média, com no máximo 20, demonstrando que a produtividade na colheita estará longe do que os produtores estão acostumados a ter.