SAÚDE
"É uma doença muito dolorida. Evitem ao máximo passar por ela, fazendo sua parte", recomenda vereador de Carazinho que teve chikungunya

Foto Arquivo/O Correspondente
Muita dor nas articulações, febre alta. Estes foram os principais sintomas vivenciados por Valdoir Lima, vereador de Carazinho, contaminado comchikungunya recentemente. A doença o afastou do trabalho e o tirou da sessão ordinária do Legislativo realizada segunda-feira (31/3), quando foi substituído por Mônica Oliveira (PSDB). Ele ainda se recupera, diz estar melhor, mas somente se não tiver mais sintomas poderá reocupar a cadeira na Câmara. Familiares dele também foram contaminados.
Segundo o vereador, a primeira pessoa do seu convívio a perceber sintomas foi a mãe, de 78 anos. "Ela tem diabetes e não teve febre. Mas teve dores intensas nas 'juntas', nos músculos, diarréia e vômito. Ficou três dias muito mal, sem comer. Depois minha irmã de 11 anos ficou doente, com sintomas diferentes da mãe. Apresentou feridas na boca e 'pipocas pelos braços e mãos, mas não teve febre", relatou.
Depois foi a vez de Lima ter sintomas. Os exames dele deram positivo para chikungunya e dengue. "No primeiro dia senti muita dor nas costas, pensei que tivesse dormido mal na noite anterior. Depois passei a noite muito mal, com febre alta, não dormi bem. No dia seguinte meu corpo estava muito dolorido, minhas mãos inchadas. Muito debilitado. Você não consegue segurar um copo d'água, de tão fraco que se fica", recorda, chamando atenção para o perigo da automedicação. "Não se pode tomar determinados medicamentos quando estamos com estas doenças, por isso é tão importante procurar assistência médica", aponta.
O vereador conta que na vizinhança da mãe há locais com acúmulo de detritos, ambiente propício para a proliferação do mosquito, o que pode ter facilitado a contaminação da idosa e na sequencia dos demais membros da família que acabaram doentes. "Uma vez doente você precisa aguentar os sintomas e para quem está passando por isso, um minuto é uma eternidade. Por isso todos precisamos nos proteger, evitar os focos para não precisar passar por isso", salienta.
Ele e os familiares não precisaram de internação, mas tiveram de ir ao Hospital de Clínicas de Carazinho - HCC a cada três dias repetir exames. Ele segue em acompanhamento e ainda não sabe se poderá reassumir a cadeira no Legislativo. "Ainda sinto um pouco dos sintomas. Se não sentir mais nada, poderei retornar. Espero estar em condições para segunda-feira", projeta.
Valdoir Lima reforça o alerta para a comunidade tomar cuidado e fazer a sua parte. "É doença é muito dolorida, então, todos evitem o máximo possível passar por ela se cada um fazer sua parte, as coisas vão melhorar. Usem repelente e observem suas casas", recomenda.