SAÚDE

CAS TEAcolhe de Carazinho já recebeu 15 crianças para os primeiros atendimentos

Parte da equipe que já está atuando no CAS (Foto Mara Steffens/O Correspondente)

 

O Centro de Atendimento em Saúde - CAS TEAcolhe de Carazinho está em funcionamento desde o dia 1º de julho. Em menos de uma semana de atendimentos o local que funciona no campus da UPF, em Carazinho, já acolheu 15 crianças com idades entre 3 e 11 anos. Algumas são, inclusive de municípios da região. A coordenação do serviço é Lisandra Sandri. "No primeiro dia recebemos cinco crianças de fora e uma de Carazinho, o que até nos surpreendeu, porque pensamos que a primeira demanda seria local. Nos dias subsequentes foram vindo mais crianças daqui", conta ela, ressaltando que a abrangência é regional, para 28 municípios. 

 

Ela conta que são oito salas locadas no prédio da universidade e que ainda estão em adaptação para receber os 13 profissionais que estão sendo contratados, de diversas áreas da saúde para atender a demanda que deve ser gradual para atingir em seis meses 150 pessoas, perfazendo cerca de 1200 atendimentos, uma vez que um único usuário poderá precisar de mais de um tipo de terapia. 

 

De acordo com Lisandra, o encaminhamento ao CAS ocorre a partir do momento em que o usuário, de quaquer idade, é inserido no sistema Gercon, gerido pelo Estado. Esta inclusão é feita pela secretaria da Saúde do município de origem do paciente, sendo a porta de entrada para o atendimento o ESF. O usuário pode chegar ao CAS já com o diagnóstico de autismo, ou com a suspeita, identificada pelo profissional de saúde da unidade. Uma vez no CAS, o paciente passa pela triagem e pela avaliação. Se o diagnóstico for negativo para o autismo, o caso é devolvido para a rede de apoio de origem para que a investigação siga. 

 

A equipe de profissionais é composta por por fonoaudióloga, psicólogo, educado físico, fisioterapeura, neurologista, pedagogo, psicopedagogo. Ainda há previsão da contratação de terapeuta ocupacional, neuropsicólogo e nutricionista. "Num primeiro momento esta equipe faz a triagem, o acolhimento e a avaliação. Num segundo momento, construímos um plano terapeutico singular, que irá determinar o que o usuário precisa para se desenvolver. Também definimos se este plano é de curto, médio ou longo prazo, porque a permanência dele não é ao longo da vida. É um programa de habilitação e reabilitação e que prevê que há um tempo de duração. Depois das terapias ele é encaminhado para a rede de apoio de onde veio", esclarece a coordenadora, revelando que ao longo do processo o usuário é avaliado para verificar a necessidade de prolongar mais a permanência dele no CAS. 

 

Lisandra relata que uma solenidade de inauguração ainda está prevista para ocorrer, quando toda organização estiver concluída. O investimento mensal no CAS TEAcolhe é de R$ 126 mil, sendo R$ 80 mil oriundos de repasse do Governo do Estado e R$ 46 mil do município. A gestora do programa é a Associação da Pessoa com Deficiência - APD que assinou convênio com o Município e este, por sua vez, assinou com o Estado. 

Data: 04/07/2024 - 15:50

Fonte: Mara Steffens

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