GERAL

Denúncias sobre cavalos soltos ao Bem-Estar Animal de Carazinho são recorrentes

Fotos Mara Steffens/O Correspondente

 

A problemática dos cavalos soltos em via pública em Carazinho não é algo recente e as denúncias junto à coordenação do Bem-Estar Animal do Município, que funciona junto à secretaria de Desenvolvimento, têm sido recorrentes. A redação de O Correspondente também tem recebido reclamações de internautas e até flagrou, na semana passada, três cavalos andando livremente na Rua Vera Cruz, no bairro Operária. Buscavam alimento às marges da rua. 

 

De acordo com o coordenador Marcos Wandscheer, seguidamente o setor tem recebido ligações quando a presença destes animais de grande por porte sem qualquer supervisão dos proprietários, o que pode representar risco para os próprios animais e também para a população, em caso de acidentes, por exemplo. Ele estima que em torno de 15 denúncias por mês são registradas pelo órgão. 

 

E foi justamente um acidente que deixou ferido um dos cavalos recolhidos recentemente pela prefeitura. O caso foi parar nas redes sociais oficiais do Município na tentativa de localizar o proprietário que. De acordo com Wandscheer, O Bem-Estar Animal já teve despesas veterinárias de R$ 1.200. Um segundo animal, com sinais de mutilação, também foi recolhido e os dois estão agora em um local cedido temporariamente ao município para abrigá-los. 

 

O coordenador salienta que a atual legislação prevê multa de R$ 500,00 em caso de abandono do cavalo, ou permitir que ele anda livremente em via pública. Já os maus-tratos, que inclui também a negligência do proprietário que não providenciou atendimento veterinário adequado, pode variar entre R$ 500,00 e R$ 3 mil, dependendo da situação. Wandscheer salienta que estas sanções estão previstas também para outros tipos de animais, como cães e gatos, que frequentemente também são abandonados pelos tutores. 

 

No caso dos animais de pequeno porte, já existe certa estrutura de atendimento, como clínicas credenciadas, o Centro de Castrações, associações como Acapa e Apasfa, além de protetoras independentes, que tem atuado neste segmento, a fim de amenizar a problemática do abandono de animais. 

 

No caso dos cavalos, uma legislação específica precisa ser viabilizada. O coordenador salienta que há um projeto pronto, mas em função da legislação eleitoral, este ainda não pode avançar, mas que tão logo o pleito esteja superado, poderá ser encaminhado ao Legislativo. A proposta prevê, entre outras questões, a determinação de um local capaz de abrigar os cavalos por determinado tempo, a chipagem para facilitar a identificação e um sistema de adoação. 

 

Quanto aos dois animais que estão sob os cuidados do Município neste momento, os proprietários tem prazo de 10 dias para se manifestar. Passado este prazo, eles perdem a tutela e para recuperá-los, devem arcar com multa e as despesas já custeadas pelo Bem Estar Animal. Se ninguém se manifestar, os animais serão encaminhados para adoção. 

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Data: 03/07/2024 - 16:01

Fonte: Mara Steffens

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