POLÍCIA

Polícia Civil aguarda laudo do IGP para seguir com investigação da explosão na fábrica de rações

Explosão deixou seis pessoas feridas, três em estado grave. Duas morreram (Foto Arquivo/O Correspondente)

 

A delegada Rita de Carli, titular da Delegacia de Polícia de Carazinho, aguarda o laudo do Instituto Geral de Perícias - IGP para seguir com a investigação que apura a explosão na fábrica da Alisul Alimentos, no início do mês, em Carazinho.

 

Dois funcionários perderam a vida depois de ficarem alguns dias internados no Hospital de Clínicas de Passo Fundo - HCPF. João Carlos Chaves (51) e Adriano dos Santos Pedroso tiveram queimaduras de terceiro grau e não resistiram. Um terceiro colaborador, cuja identidade não foi informada, segue internado, mas seu estado de saúde não é divulgado pelo HCPF. 

 

A delegada já recebeu o laudo do Corpo de Bombeiros Militar - CBM de Carazinho que, segundo ela, é bastante extenso. "Estou aguardado e dependendo das constatações da perícia terei como saber se é necessário mais algum esclarecimento. É uma situação que requer cautela, cuidado", sintetiza ela, assesgurando que neste momento não há como tipificar o caso criminalmente. "Vamos ter que ver se foi um acidente de trabalho com morte, homicídio culposo, se houve alguma negligência ou imperícia. Vai depender do que for apurado, inclusive se teve falha na segurança, no uso de EPI's e até da qualificação ou treinamento dos funcionários para trabalhar com os fatores de risco que a empresa tem", salienta. 

 

Rita de Carli confirma que havia um aparelho de solda na cena do acidente, mas não é possível afirmar que o uso dele foi a causa da explosão. "Vamos ter que verificar se ele estava mesmo sendo usado naquele momento. Vamos apurar com a investigação", comenta, ressaltando que tudo leva a crer que o evento foi mesmo no nono andar, tanto que o impacto danificou a estrutura. A partir daí, os demais locais onde havia o agente ignescente (que pode ter sido a fuligem provocada pelo processamento dos grãos) acabam incendiando também. 

 

A delegada já ouviu várias testemunhas, mas deve fazer novas oitivas a partir do laudo pericial. Depois de concluída a investigação, ela definirá se caberá responsabilização de alguém. 

Data: 21/02/2024 - 15:18

Fonte: Mara Steffens

COMPARTILHE