POLÍCIA

CBM de Carazinho registrou recorde de ocorrências no ano

Foto O Correspondente/Arquivo

 

Em 2022 o número já havia sido expressivo: 1822 ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Carazinho. O índice representou aumento de 35% em relação a 2021 e em 2023 alcançou novo aumento: 1900 atendimentos diversos. Vale ressaltar que o universo de casos que são atendidos pelo CMB é vasta, desde incêndios até resgate de animais passando por acidentes de trânsito, cortes de árvores e outros sinistros. "Temos um número expressivo porque a população nos demanda e procuramos atender a todos que nos chamam. Temos uma pró-atividade grande, fazendo cumprir nossa missão constitucional e minimizar os efeitos que uma ocorrência possa causar à população", menciona o comandante do Pelotão de Carazinho, Sargento Ederson Castro.

 

O militar salienta que este número coloca Carazinho na 11ª posição entre os 100 pelotões do Rio Grande do Sul em atendimentos. Desde 2018, quando começou a operar a ambulância da corporação na cidade, o volume de atendimentos aumentou significativamente. Este ano, conforme Sargento Castro, foram cerca de 850 ocorrências, boa parte relacionadas ao trânsito, tanto nas rodovias da região, quando no perímetro urbano de Carazinho. 

 

Outro índice que se destacou durante o ano, foi a regulamentação dos Planos de Proteção e Combate a Incêndio - PPCI's, com 1000 edificações comerciais e industriais passando por vistoria em Carazinho e nos sete municípios de cobertura do CBM. Também ocorreram as chamadas vistorias extraorindárias, que são operações semanais de fiscalização em locais de aglomeração de público como ginásios, casas noturnas, bares e restaurantes e salões comunitários. Também são fiscalizados locais que pela legislação não são obrigados a ter alvará dos bombeiros, com até 200m², mas que mesmo assim precisam seguir medidas de prevenção a incêndio como iluminação de emergência, extintor de incêndio e curso de brigadista. É o caso dos pequenos estabalecimentos comerciais.  

 

Entre as ocorrências de maior repercussão foi a do acidente que envolveu uma família de Ibirubá, no interior de Coqueiros do Sul, ocorrido em novembro. O fusca em que viajavam Cleiton Wilmens, Tatiane Pazinato e Luan Wilmens caiu no Rio Turvo e desapareceu na água. O corpo da mulher foi localizado horas depois e do homem e da criança, dois dias depois do acidente. Pai e filho estavam dentro do veículo distante 350m da ponte. As causas do acidente são desconhecidas. Imagens de uma câmara de segurança da vizinhança flagrou o acidente. Quando o veículo foi retirado da água, os peritos perceberam que freio de mão do fusca estava puxado, o que pode indicar que o condutor tenha tentado freá-lo. 

Sargento Castro (Foto Divulgação/Arquivo Pessoal)

 

A época do verão demanda mais preocupação com a questão dos riscos de afogamentos. Na região de atuação do CBM Carazinho não houve registros ano passado nem neste, mas em nível de Estado o número está preocupando. Entre 16 e 19 de dezembro, foram oito mortes ocorridas em locais em que não há guarda vidas. Sargento Castro diz que o CBM não recomenda banhos em áreas não assistidas pela corporação. "Nenhum local pode ser considerado próprio para banho quando não tem guarda vidas", alerta ele, citando que o CBMRS destaca 1000 profissionais para estarem no litoral e em águas internas, como é o caso de um balneário localizado em Serafina Correa, que seria o local apropriado mais próxima da nossa região. "Mesmo assim as pessoas se arriscam em rios, açudes e barragens. Não recomendamos banhos nestes locais, mas se for nadar é imprescindível o colete salva vidas - tanto para nadar quanto eo usar embarcações, nunca se deve ir sozinho e procurar conhecer o local, com moradores locais. Também não se deve subestimar a própria capacidade de natação. A maioria dos que perdem a vida são pessoas que sabem nadar. Alimentar-se e ir para a água é muito perigoso também, assim como o consumo de álcool", ensina o comandante. 

 

O comandante também dá dicas do que fazer quando alguém está se afogando. Alcançar um objetivo para a vítima, como um galho, corda ou taquara para que ela possa agarrar e ser puxada para a margem é uma atitude bastante eficiente, além de chamar o socorro pelo 193. Entrar na água para tentar ajudar não é recomendado, pois há grande risco do socorrista também se afogar. 

Data: 31/12/2023 - 11:03

Fonte: Mara Steffens

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