ESPORTES

Malinha projeta próxima temporada do Pinheiro com dificuldades financeiras

Malinha, ao centro, orientando treino do time adulto em 2023 (Foto O Correspondente/Arquivo)

 

O mandato de George Hilton Bandeira, o Malinha, como presidente do Pinheiro termina em 30 de abril de 2024. Sem saber se vai continuar a frente da instituição, afinal uma nova eleição irá ocorrer, ele pretende, no mínimo deixar uma herança positiva para o próximo mandatário. "Tendo alguém disposto a assumir, penso ser importante fazer uma transição e chegamos em abril já com um caminho delineado", diz. 

 

O ano que se encerra foi de sucesso para às categorias de base, especialmente sub 9 e sub 11. O clube vivenciou uma viagem histórica para a Itália, onde foi campeão da 10º Montesilvano Futsal Cup com o time sub 11. Foi campeão da Liga Gaúcha Sub 9, chegou à fases decisivas em várias competições regionais, erguendo taças em algumas. Já o time adulto, em seu terceiro ano de retorno às disputas, acabou não classificando para a segunda fase da Liga C, muito pela falta de poder de investimento. 

 

Sem poder contar com financimento do Pró-Esporte, pois o projeto não obteve aprovação para 2024, nem para a base, tampouco para o profisisonal, Bandeira teme pelo pior. "Sem recursos dificilmente conseguirá prosseguir, independente de quem for o presidente. Este é meu maior medo e me deixa mais triste", setencia, não escondendo que pensava que a torcida pinheirista, sempre fervorosa iria estar mais perto do time. "Retomamos (o time adulto) na pandemia. Ok, era difícil mesmo por conta de todo o cenário, mas depois, pensamos que as coisas iriam ser diferentes. Pensamos que os apaixonados, e sabemos que são, estariam consoco, mas não foi o que aconteceu. De certa forma, o falta de respaldo da comunidade me frustou porque sempre gerei uma expectativa de que aos poucos as pessoas iriam nos ajudar a fortalecer o time, inclusive sobre o apoio financeiro, mas o apoio moral também é importante, mesmo que o resultado não estava ocorrendo. Montamos um time totalmente carazinhense e não tivemos o apoio necessário em jogos importantes, o que, quem sabe, poderia ter feito a diferença", comenta. 

 

Se Bandeira seguir como presidente, ele pretende manter categorias e time adulto, mesmo diante das dificuldades financeiras. "Não podemos deixar o Pinheiro terminar. Não seria legal. E mesmo que eu não fique presidente, outra pessoa assumir, quero estar junto contribuindo para que o clube permaneça", salienta. Para ele, com a projeção de recursos escassos, o time adulto deverá jogar apenas a Liga C, como em 2023, "Neste momento não é vantajoso entrar em muitas competições, pela questão financeira", pondera ele, citando que novamente, se for formado, o time deve ser novamente formado por atletas locais. 

 

Quanto a base, o presidente sinaliza que será preciso um planejamento. O Pinheiro tem protocolado e aguarda resposta de projetos de fomento - semelhantes ao Pró-Esporte - em nível federal. Se aprovados terá bom recursos para o desenvolvimento do futsal tanto na base quanto no adulto. No entanto, enquanto estas respostas não chegam, o cenário ainda é de incertezas. 

Data: 26/12/2023 - 14:44

Fonte: Mara Steffens

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