CULTURA

Fundada a Associação Cultural e Tradicionalista Tropeiros de Carazinho

Foto Redação/O Correspondente

 

Foi fundada neste sábado (16), a Associação Cultural e Tradicionalista Tropeiros de Carazinho. A assembleia que elegeu a diretoria, aprovou o estatuto e definiu outras questões pertinentes à criação da entidade ocorreu no Rancho do Tropeiro, pertencente a família de um dos útimos tropeiros gaúchos, João Hugo da Silva. Ele, inclusive é patronato da associação, esteve presente e foi o primeiro sócio a assinar a ata de fundação. 

 

A criação da entidade ganhou força no fim de setembro, depois que o Legislativo de Carazinho aprovou proposição de Alcindo de Quadros (PSB) criando a Semana do Tropeirismo e o Dia do Tropeiro em Carazinho, datas que serão marcadas a partir de abril de 2024. 

 

Os tropeiros tiveram fundamental importância para o desenvolvimento do sul do Brasil, inclusive da região de Carazinho. Era função deles transportar o gado do Rio Grande do Sul para São Paulo, onde era comercializado e João Hugo da Silva desempenhou este papel por muitos anos. "As primeiras tropas de mula surgiram em Cartagena (Peru), por volta de 1550. Depois os padres jesuítas trouxeram os animais para cá. AS primeiras tropas nascidas aqui iam, a maioria, para as minas de prata, no Peru. Mais tarde as tropas saíam daqui para Sorocaba, que virou centro comercial, a fim de puxar os bondes em São Paulo e Rio de Janeiro. Assim como a história", contou durante o encontro o professor José Nevton Sperry.

 

O primeiro trajeto saía de Pelotas, segundo ele. Depois Dom Pedro chamou Antônio da Rocha Loures, tataravó de Sperry, solicitando a abertura de um novo caminho. Este incumbiu a tarefa os filhos, Francisco Rocha Loures e João Sipriano da Rocha Loures, o bisavó do professor. Então foi aberta a picada que passa por Carazinho, em direção a Cruz Alta. As mulas, inclusive foram preponderantes para a construção da via férrea pois puxavam materiais para a construção. 

 

A patronagem eleita é a seguinte: Adari Francisco Ecker (patrão), Sandro Mokfa da Silva (capataz), Mara Steffens (1ª sota-capataz), Fátima Dorneles (2ª sota-capataz),  Gilberto Perez da SIlva (1º agregado da chelpas) e Daniel Ricardo Rocha (2º agregado das chelpas). O Conselho de Vaqueanos é composto por Odimar Tadeu Bohn, Hugo Mariani Filho e Pedro Américo Mariano Messerschmidt. Os suplentes são Lauro Porcher e Rodrigo Schaeffer. A invernada cultural e histórica é competência de José Nevton Sperry. A invernada campeira é responsabilidade de João Alberto Severo da Silva. A invernada de cavalgadas e tropeadas está com Ademar Corrêa da Silva e a invernada da comunicação é comandanda por Gilvano Vieira dos Santos. 

Data: 16/12/2023 - 17:20

Fonte: Mara Steffens

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