POLÍTICA

Gilmar Maroso avalia os 20 meses que conduziu a secretaria de Desenvolvimento

Foto Arquivo/O Correspondente

 

A secretaria de Desenvolvimento de Carazinho ficou sob o comando de Gilmar Maroso foi 20 meses. No dia 30 de novembro, ele deixou a secretaria, em virtude de negociações políticas. Nesta semana ele conversou com O Correspondente e avaliou o período em que atuou no governo municipal. Elencou quatro ações que considera relevantes. 

 

"Uma delas, que era uma demanda do empresariado, que muitas vezes tinham vagas de emprego e não encontravam pessoas qualificadas, com as habilidades necessárias para o setor. Então surgiu o Qualifica Carazinho, que no fim do ano formaremos mais de 200 pessoas. É um programa que veio para ficar e para o ano que vem já tem recursos previstos", citou. 

 

AS outras três iniciativas têm relação com o ambiente econômico municipal. "A Lei de Liberdade Econômica, para a qual damos andamento. A Câmara havia aprovado, mas nós não tinhamos o decreto municipal e antes deles tivemos que homologar junto ao Ministério da Economia. Então final de julho homologamos, fizemos o decreto municipais e para isso foi necessário ter uma lista de CNAEs, de baixo impacto, que se enquadrariam nesta lei. Criamos as tabelas que demoraram para serem ajustas. Agora das 1.300 atividades existentes no país, Carazinho enquandro 812 dentro dentro da Lei de Liberdade Econômica Municipal", colocou. 

 

Na sequência, segundo Maroso, foi dado segmento a outro projeto entregue recentemente em evento na Câmara, o Tudo Fácil Empresas. "Mais de 300 atividades, especialmente no comércio e nos serviços, podem ser abertas em até 10min, com a parceria com a Junta Comercial. Outros CNAEs poderão ser agregados. É importante porque agiliza o processo", salientou. 

 

Por fim, na mesma linha econômica, Maroso lembrou do Plano Municipal de Compras, que tem parceria com o Sebrae. "O município, entre todas as secretarias, compra cerca de 4 mil itens, entre produtos e serviços por ano. Isso representa um valor bem considerável, quase R$ 80 milhões anuais. Tornando mais transparente o Plano de Compras para 2024 e mostrando à sociedade estes itens todos, uma cartilha, estamos incentivando e orientando as empresas de Carazinho a se habilitarem a estas licitações que compram os produtos, fortalecendo a economia local", resumiu. 

 

Antes de assumir a pasta, Maroso atuava na iniciativa privada e no meio universitário. Diz que não encontrou dificuldades no setor público. "Claro que são naturezas diferentes. No privado as decisões são tomadas e a execução é mais rápido. No público elas demoram mais porque tem um trêmite a seguir, legislações, licitações para que o certo seja feito. Mas é possível entregar resultados sim", comentou. 

 

Na visão do ex-secretário, a área de inovação ainda precisa ter mais atenção. "Quando em faça em produzir, industrialização, se você não tem processos claros, não é competitivo. Então tudo passa pela tecnologia e a inovação. Entendo que é algo estratégico, que o poder público também precisa avançar nisto", sublinhou. 

 

GIlmar Maroso confirmou que foi convidado a atuar como professor de pós-graduação, mas disse que esta não deve ser a única área em que ele irá trabalhar a partir de agora. "Tem convites surgindo, mas vou analisar com calma. Tirar uns dias de férias para renovar um pouco. Foram 20 meses bem "puxados" porque é uma secretaria com várias pastas, segmentos e exige bastante", finalizou. 

Data: 07/12/2023 - 15:14

Fonte: Mara Steffens

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