ECONOMIA

Eleger prioridades é o segredo para aplicar o 13º com inteligência, diz especialista

Foto Divulgação

 

Deve ser paga até amanhã (30) a primeira parcela do 13º salário. Em nivel de país, o montante deve injetar cerca de R$ 291 bi, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - Dieese. É um momento bastante esperado pelos trabalhadores que têm direito a este valor, mas saber investí-lo com inteligência é fundamental. O professor universitário da Ulbra Carazinho, consultor e mentor financeiro, Diogo Moreira, dá alguns conselhos. 

 

Para ele, o trabalhador deve eleger algumas prioridades para o uso do décimo terceiro e a primeira delas deve ser saldar ou renegociar dívidas. "É preciso ter racionalidade. As emoções precisam estar separadas dos negócios. Há um incentivo maior que em outras épocas do ano para que se consuma. Por isso é importante colocar as prioridades e não se deixar levar pelas emoções", menciona ele, revelando que 78% das famílias brasileiras estão envididadas, conforme a Confederação Nacional do Comércio - CNC. Este dado, de acordo com Moreira, foi menor há cerca de 6 anos, com índice de 55%. "Quais as minhas prioridades, estou ou não estou envididado? Todo cidadão precisa estar com o nome em dia, para que ele possa crescer também. Então a recomendação é que se renegocie as dívidas antes de fazer outros investimentos. A dica é separar uma fração do valor (do décimo terceiro) para pagar dívidas", ensina. 

 

Se não há dívidas, a sugestão é antecipar algumas contas, verificando se tem alguma vantagem em caso de antecipação do pagamento, especialmente em IPTU, IPVA, matrículas de escolas, entre outras. "O terceiro ponto, para quem está em uma situação favorável é não gastar tudo, ter consciência de educação financeira. Infelzimente não aprendemos na escola e não há incentivo para isso. É um problema social que precisamos resolver, então é importante bsucar informações sobre isso", analisa. 

Professor universitário da Ulbra Carazinho, consultor e mentor financeiro, Diogo Moreira (Foto Divulgação/Arquivo Pessoal)

 

Se por um lado a preocupação é com a aplicação inteligente do décimo terceiro, por outro há quem está desemprego e não terá o benefício. Diogo Moreira ressalta que se busque alguma forma de renda, mesmo que seja em áreas diferentes daquela que o profissional vinha atuando, pelo menos até que se tenha possibilidade de voltar para determinada profissão.

 

Ele destaca que existe muita oferta de emprego e que as empresas tem dificuldade de preencher, muitas vezes porque o trabalhador não deseja determinada função por não ter afinidade ou não ser da área que atua, mas é preciso encarar como uma oportunidade de voltar ao trabalho e ter renda. 

Data: 29/11/2023 - 08:37

Fonte: Mara Steffens

COMPARTILHE