POLÍCIA

Caso dos carazinhenses detidos no Líbano ganha reviravolta

Foto Reprodução

 

O caso dos brasileiros detidos no Líbano ganhou uma reviravolta na tarde desta quarta-feira (4). O Jornal do Líbano publicação brasileira na internet dedicada a comunidade libanesa no Brasil anunciou que Igor Antônio dos Santos Cabral (25) e Juliana Nunes do Nascimento (31), teriam sido presos em 19 de dezembro no Aeroporto Internacional de Beirute acusado de tráfico de drogas internacional. Eles estariam com meio quilo de cocaína, cada um, no estômago.

Conforme a reportagem, as autoridades libanesas teriam dito que em razão do grande risco de morte, o casal teria sido conduzido para que pudessem expelir o entorpecente com segurança.

Contatada por nossa reportagem, a Delegada Rita de Carli, titular da Delegacia de Polícia de Carazinho, onde o caso foi registrado inicialmente como desaparecimento, destacou que o Itamaraty e nem mesmo autoridades libanesas entraram em contato para prestar maiores esclarecimentos. O desaparecimento em si já foi resolvido e o caso passa a ter uma alçada superior, a medida em que se trata de um caso internacional.

O sumiço começou a repercutir ainda no ano passado, quando familiares de Cabral procuraram a polícia carazinhense para denunciar o desaparecimento do casal. Eles teriam viajado a São Paulo no dia 13 de dezembro pra fazer compras e não mais deram notícias a partir do dia 18.

A Embaixada brasileira em Beirute acompanha o caso. Mais cedo, em nota, o Ministério das Relações Exteriores emitiu nota afirmando que está auxiliando no caso dentro da legislação local.

Ainda segundo o Jornal do Líbano, dificilmente os brasileiros serão extraditados para o país de origem, pois não há tratado de extradição entre os países. O documento chegou a ser assinado em 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, mas o Líbano não teria aprovado. A legislação penal libanesa impede que seja concedida a extradição a não ser para países que tenham o tratado.

Ainda não se sabe como o casal teria conseguido embarcar portando a droga, nem se ela foi ingerida ainda em solo brasileiro, ou se durante a escala, em Doha. Ambos teriam confessado que tinham engolido a droga, mas não informaram a pedido de quem, tampouco o destino.

Data: 04/01/2023 - 19:50

Fonte: Mara Steffens

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