GERAL

100 dias de Corsan/Aegea: como a transição impacta em Carazinho?

Foto O Correspondente/Arquivo

 

Esta semana marcam 100 dias da Corsan sob gestão da nova controladora, a Aegea. A Companhia Riograndense de Saneamento foi vendida para a iniciativa privada por R$ 4,151 bilhões e a assinatura do contrato ocorreu no dia 7 de julho. O superintendente da Regional Planalto, Aldomir Santi, conversou com O Correspondente sobre este marco e sobre as obras que estão em andamento, especialmente em Carazinho.

 

Segundo ele, o processo ainda é de transição. “Ainda estamos nos adaptando às novas orientações, com obras sendo executadas dentro do planejamento. Este foi um compromisso que a empresa assumiu, concluir esta etapa de 100 dias com as obras dentro do prazo para fazer frente ao deságio que é atender os municípios dentro do novo Marco Legal do Saneamento, com cobertura de 99% de água tratada e 90% de esgoto coletado e tratado até 2033”, destacou. Sobre o funcionalismo, Santi relatou que a Corsan/Aegea ofereceu um acordo de desligamento com pagamento de benefícios por 18 meses e muitos deles estão optando por esta modalidade. A medida em que há a saída destes trabalhadores, a empresa está contratando para suprir as demandas existentes.

 

Santi disse que diante deste prazo de apenas 10 anos, os investimentos serão alto em obras e projetos para que a meta seja atingida. A superintendência regional atende a 70 municípios. “A empresa tem uma nova visão, de descentralizar. Antes ficávamos muito vinculados, engessados às decisões que eram tomadas em Porto Alegre. Agora com nova estrutura seremos capazes de fazer frente às demandas que podem ser sanadas de forma mais célere, dentro da regional. Podemos atuar de forma mais direta e rápida para resolver os problemas dos municípios”, observou.

 

Sobre a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE de Carazinho, o superintendente explicou que o projeto prevê três módulos, sendo que o primeiro já foi concluído e as obras do segundo foram iniciadas. O primeiro módulo prevê capacidade de recolher e tratar o esgoto de 30% das moradias de Carazinho, impactando entre 9 e 10 mil pessoas. Há quinze dias foram iniciadas as vistorias dos primeiros imóveis que tem condições de se ligar ao sistema da Corsan/Aegea. “A partir desta vistoria, o morador fica notificado e começa contar o prazo que ele tem para fazer esta ligação e receber vantagem por isso”, afirmou Santi, recordando que os descontos variam conforme o prazo em que a ligação ocorre.

 

Santi também reconheceu que as obras da ETE, sobretudo a fase em que a tubulação das ruas teve de ser instalada, causou transtornos aos moradores, mas por outro lado, a médio e longo prazo, oferecerá benefícios à população sobretudo na saúde e no meio ambiente. “É uma interferência significativa e a gente sabe que quando se mexe no pavimento, muitas vezes não fica 100% como estava, mas são medidas que beneficiam a população, já que se sabe que não tem como ter água de qualidade sem tratar o esgoto. No entanto, agora, teremos mais condições de fiscalizar e a forma de contratar estes serviços é bem diferente de antes”, apontou.

 

Data: 16/10/2023 - 10:05

Fonte: Mara Steffens

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