GERAL

Informação, Opinião e Narrativa na Comunicação

Foto Divulgação

 

Vamos começar conceituando brevemente:

 

- Informação consiste no conjunto de dados, fatos ou conhecimentos que são transmitidos, armazenados ou processados. Ela é baseada em evidências, pesquisas ou observações, e seu objetivo é fornecer conhecimento ou esclarecer um assunto. Informações são consideradas objetivas e verificáveis.

 

- Opinião é uma crença, ponto de vista ou julgamento subjetivo sobre um assunto, baseado em experiências, valores ou perspectivas individuais. Opiniões são consideradas subjetivas e podem variar de pessoa para pessoa. Elas podem ser influenciadas por emoções, preconceitos ou interesses pessoais.

 

- Narrativa é uma sequência de eventos, histórias ou contos que são transmitidos por meio de palavras, imagens ou outras formas de comunicação. Narrativas podem ser baseadas em fatos reais ou fictícios, e seu objetivo é entreter, educar ou persuadir o público. Narrativas podem incluir elementos de informação e opinião, mas também podem incluir elementos de criatividade e interpretação.

 

É possível que já tenhamos confundido essas três formas de comunicação e nos deixado levar pela imaginação alheia. Pois bem, após essa breve explanação, podemos diferenciar o objetivo de cada uma das intenções, mas como saber diferenciar o que ler? Com a predominância das redes sociais como base de consulta, ficamos vulneráveis a receber todo tipo de conteúdo, e a reprodução sem maior entendimento ou pesquisa nos leva a ser também criadores de narrativa com nossa opinião baseada em parte da história ou conto.

 

É fundamental que todos possam expressar opinião e tenham a liberdade de expressão em qualquer circunstância. No entanto, algumas narrativas são prejudiciais, pois propagadas em escala e repetidamente alcançam um selo de “verdade”. Embora a narrativa possa ser um misto de informação e opinião, é importante que seja identificada e verificada o quanto tem de verdade para que não engane ao invés de comunicar.

 

A “politicagem” tem tido os maiores reflexos dessa prática, mas longe de ser a única. Vimos discussões sobre ciência, medicina, mecânica, produtos, beleza, vida dos famosos, etc., onde pessoas se sentem especialistas para opinar e sustentar suas teses mirabolantes e sem nenhuma responsabilidade com a verdade ou com os efeitos que pode causar.

 

Ao me posicionar sobre determinado assunto, sempre me pergunto: Vou repassar a informação que tenho? Devo expressar minha opinião? Irei defender minha visão sobre o assunto e conquistar os demais? Se somos inseridos em um assunto no qual não temos conhecimento, corremos grande risco de perder a oportunidade de nos calarmos e aprendermos pela ânsia de nos envolvermos sem pensarmos onde isso pode chegar.

 

Quando criança, lembro de uma brincadeira que participávamos entre amigos chamada “telefone sem fio”. Começava ao pé do ouvido do primeiro amigo ao lado a transmissão de uma frase; lá na outra ponta, após repassada por vários pé de ouvido, geralmente, chegava faltando ou sobrando palavras. Havia maldade na brincadeira? Não. Mas aí está o grande ponto: o fim que se tem ao transmitir um assunto. A maldade ou os interesses por trás da comunicação têm feito grande estrago na sociedade como amizades destruídas, pessoas frustradas ao se compararem a modelos de sucesso irreais, tem causado ainda, brigas e divisões na sociedade por conta de narrativas ou postagens irresponsáveis que, parecendo ser informação, escondem opinião e formam julgamento viciado.

 

Como sempre, deixo minha dica: busque a origem da comunicação, tente ouvir os vários lados quando se trata de uma história contada, não se apresse em defender algo do qual não tem o conhecimento necessário ou não detém autoridade de emitir opinião. Até mesmo o que vimos pode nos enganar dependendo do ângulo, que dirá aquilo que reproduzem para nós.


Valorize seu tempo, valorize as pessoas que conhece de verdade, tenha cuidado ao criar conflitos em suas relações por pessoas ou assuntos que não te interessam ou que não tens nenhuma influência para mudar a situação de fato.


Talvez ser mais natural e menos virtual evite reações que no fim acabam em divisão e ódio. E aí, você está se comunicando bem?